O Gênio assassinado... "Após uma espera de três dias, Mark David Chapman, 25 anos, conseguiu, finalmente, às 17 horas de segunda-feira, 8 de dezembro, o ambicionado autógrafo do ex-beatle John Lennon. Rabiscado às pressas, sem dedicatória sobre a capa do último disco do compositor, Double Fantasy, o autógrafo, porém, não o satisfez. Seis horas depois, às 22h45, no mesmo local - à entrada do famoso Edifício Dakota, debruçado sobre o Central Park e a rua 72, em Nova Iorque -, ele voltou a interpelá-lo. "Mr. Lennon!", disse, polidamente, semblante calmo. E, quando John começou a voltar o corpo para atender o chamado, Chapman, ex-guarda de segurança desempregado, sacou do casaco um revólver calibre 38 e, segurando-o firme nas duas mãos, disparou cinco tiros. Três balas atravessaram Lennon nas costas e no braço esquerdo, uma quarta alojou-se em seu pescoço. Sangrando profusamente enquanto sua mulher, Yoko Ono, gritava por socorro, Lennon ainda subiu alguns degraus até a portaria do edifício, onde caiu de bruços. O porteiro, com a face coberta pelo sangue da vítima, indagou do assassino, que ele deixara ficar esperando de cócoras diante do prédio, supondo ser mais um fã inofensivo de Lennon: "Você sabe o que fez?". E a resposta, em tom descansado, foi apenas: "Acabo de atirar em John Lennon". Depois, Chapman se agachou para apanhar um livro que deixara cair no chão. Era O Apanhador no Campo de Centeio, de JD Salinger, espécie de bíblia para a geração dos anos 60 que John Lennon ajudou a formar".
Com talento poético, audácia, uma genial percepção do mundo em que vivia, John Lennon fez dos garotos de Liverpool o maior fenômeno da história da música popular. Ele percebeu o fim da linha para si, para o grupo e, de certa forma, para a cabeça de toda sua geração.
Ouvindo..."Revolver" dos Beatles. Um dos meus favoritos. É incrível como ainda soa atual. Harmonias complexas, influências orientais, psicodélicas, eletrônicas...Discaço!